quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Próspero 2012

AS DUAS PORTAS E OS “ATALHOS”


Bispo José Francisco da Silva


“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Mateus 7.12-13”.

Louvado seja Deus, que mesmo nos dando a liberdade do livre arbítrio e com ele o direito de escolha, nos indicou a melhor opção; Deuteronômio 30.19, isso nos mostra o seu extremo cuidado e amor para com os filhos que Ele criou.


Atualmente nos parece que alguns atalhos estão sendo criados; sabendo que a porta estreita é Jesus e que depois de virmos a Ele cansados e sobre carregados e sermos aliviados, Mateus 11.28, teremos que tomar o seu jugo e aprender dele, muitos começam a buscar meios de amenizar a dificuldade que a maioria encontra para deixar o Senhor completar a obra; parece que a capacidade de seguir a Jesus só vai até o “vinde a mim” quando chega no “aprendei de mim” começam a dizer: não é bem assim! Quem ensina assim é muito radical! Deus não é carrasco para te exigir isso! Ele sabe que você é carne! Etc. será que existe outro evangelho? Vejamos o que diz o próprio Senhor: “Aquele que lança a mão ao arado e olha para traz, não é apto para o Reino de Deus” Lucas 9.62.


“Aquele que quiser vir a mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me” Mateus 16.24. “Entrai pela porta estrita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que leva para a perdição” Mateus 7.12.


Os atalhos são: “Todo caminho leva a Deus”. “Uma vez salvo, salvo para sempre”. Etc., devemos atentar para o fato de que a salvação é um processo, cujo conteúdo é composto de: a minha vida como causa, a palavra de Deus como Lei, o Evangelho como código jurídico, tendo Jesus como advogado e o nosso Deus Todo Poderoso como Juiz.


Vivemos tempo de liberdade religiosa, variedade doutrinária, facilidade de acesso ao sacerdócio e com isso pastoreamos rebanho sem curral e sem aprisco, qualquer insatisfação ou interesse pessoal de uma ovelha, logo há uma proposta e um convite que atende sem qualquer critério à ovelha que se desgarrou; quando não, com algumas articulações carismáticas fundam-se uma nova igreja independente, nome é o que não falta. Onde estamos? O que somos? O que queremos? Se a porta é estreita a fazemos larga, se alguém adverte é intrometido, quem apóia tem visão de Reino, quem discorda está fora da visão, e assim vamos nós; uns falam de Jesus, outros falam sobre Jesus e outros falam de si mesmos em nome de Jesus; enquanto isso as vidas famintas de salvação estão perguntando: Onde está Jesus? Em quem confiar? Enquanto outros pesquisam até onde o “dízimo é mais barato” e o pior é que encontram esse tipo de oferta; misericórdia!!! Se depois de alguém entrar pela porta estreita tentar caminhar pelo caminho largo, com certeza ouvirá no final: “apartai-vos de que não vos conheço”Mateus 7.22. Quem pode pregar esse Evangelho? Ele é sério, pouco simpático, muito definido, porém é real; a sua mensagem pode até gerar polêmica, mas não deixa dúvida, e ainda mais é o único que recebe a assinatura com sangue e o carimbo do seu fundador.


A certeza que podemos apresentar é de que não adianta sermos mais misericordiosos de que o Senhor, primeiro porque não iremos conseguir e segundo porque seria um evangelho nosso e esse não salva ninguém; melhor é, sem estratégia humana e sem barganha teológica ou eclesiástica dizermos como o nosso mestre; “estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à salvação, e são poucos os entram por ele” Mateus 7.12. “Quem quiser vir a Ele, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-o” Lucas 9.23.

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